Sobre o Asfalto Frio PMF
O Asfalto Frio PMF Pré-misturado (PMF) é uma técnica utilizada na execução da camada intermediária de regularização e reforço da estrutura do pavimento; também conhecida como binder em revestimentos asfálticos e serviços rotineiros de conservação do tipo tapa-buracos.
A saber que entre os inúmeros serviços que podem ser executados com emulsão asfáltica; talvez o mais empregado seja o pré-misturado a frio (Asfalto Frio PMF).
Certamente o Asfalto Frio PMF teve sua origem nos EUA na década de 1950 usando graduação aberta bases e em revestimentos. No Brasil iniciou-se essa técnica a partir de 1966 em camadas de regularização e em bases; na década de 1980 iniciou-se o emprego de PMFs na forma de graduação densa em revestimentos delgados.
Decerto a facilidade com que se pode obter a massa asfáltica, bem como sua aplicação na pista com vibro acabadora e até com moto niveladora; faz com que essa alternativa ganhe espaço em muitas cidades que querem pavimentar e não dispõe de grandes recursos financeiros.
Ainda que basicamente o asfalto frio pmf consiste numa mistura em equipamento apropriado de agregado graúdo agregado miúdo; material de enchimento (fíler) e emulsão asfáltica catiônica convencional ou modificada por polímeros (ruptura média ou lenta) espalhada e compactada a frio.
Campo de aplicação do Asfalto Frio PMF
Eventualmente a utilização do asfalto frio pmf é uma técnica utilizada na execução de camada intermediária de regularização e reforço da estrutura do pavimento; também conhecida como binder, revestimentos asfálticos e de serviços rotineiros de conservação do tipo tapa-buracos.
Todavia, as emulsões de ruptura média (RM) são responsáveis pela produção das misturas de PMF do tipo abertas; que de acordo com as normas brasileiras, têm como maior agregado a brita de 1” ou ¾”; ou seja agregado graúdo com diâmetro máximo de 25,4 mm ou 19 mm, respectivamente.
Vantagens do Asfalto Frio PMF
Assim como revestimento asfáltico apresenta a vantagem de elevada rugosidade; o que permite uma qualidade superior de aderência pneu-pavimento, aumentando a segurança quanto a derrapagem.
Bem como camada intermediária ou de transição pode servir de ligação; compatibilizando o módulo resiliente ou a resistência estrutural da camada de rolamento em concreto asfáltico, com a camada granular subjacente de menor módulo de resiliência.
Certamente devido a facilidade de produção, estocagem, transporte, aplicação e manuseio no campo; é uma excelente solução para vias de tráfego médio e leve; o pré-misturado à frio aberto pode ser armazenado por períodos maiores que o PMF denso; em geral, até 30 dias, desde que devidamente estocado em pilhas e protegido com lonas impermeáveis.
Flexibilidade para a aplicação
Essa característica proporciona flexibilidade na programação do serviço; ou seja, pode se priorizar a fase de produção da massa asfáltica e posteriormente, a aplicação na pista; além disso, apresenta a grande vantagem de liberação imediata da camada executada ao tráfego, permitindo a construção da obra por etapas.
Os PMFs com emulsões de ruptura lenta RL-1C proporcionam misturas asfálticas de granulometria densa e semi-densa; devido ao baixo índice de vazios, esse revestimento asfáltico apresenta excelente comportamento estrutural e funcional para vias de médio volume de tráfego; conferindo bom desempenho tanto do ponto de vista mecânico como de segurança e conforto da superfície de rolamento.
O PMF de graduação densa ou aberta, além de seu emprego como revestimento de novos pavimentos; é uma excelente opção para melhorar as condições da superfície de rolamento de pavimentos confeccionados em paralelepípedos, lajotas e pedra irregular; corrigindo as depressões e irregularidades altimétricas existentes e reforçando a capacidade de suporte da estrutura original.
O PMF denso pode ser estocada até 7 dias; em caso de chuva, a execução da camada só poderá ser iniciada após a completa secagem da base.
Materiais e Execução
Eventualmente, a emulsão utilizada é catiônica, de ruptura média ou lenta empregada em pré-misturados abertos, semidensos ou densos, respectivamente. Se requerido no projeto, a emulsão asfáltica poderá conter polímeros elastoméricos.
A saber que a mistura dos agregados com a emulsão deverá ser processada em equipamentos específicos tais como betoneiras e usinas mecânicas; estas ultimas podem ser estacionárias ou móveis com capacidade de produção de 10 t/h a 200 t/h.
A usina estacionária destinada à confecção de mistura de solos, brita graduada, solo cimento etc; se aplica também à produção de pré-misturados com emulsões.
As usinas do tipo móvel, montadas em chassi de caminhão, são práticas e funcionais podendo ser colocadas em operação em poucas horas.
Sendo assim para execução é necessário caminhão basculante para transporte da mistura; acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura segundo as especificações requeridas.
Sobretudo podem ser utilizadas ainda, moto-niveladoras e espalhadoras de sollo, sem maiores restrições no caso de camadas de base; mas com bastante restrições no caso de camadas de revestimento; face à freqüente segregação que provocam; equipamento para compactação deverá, preferencialmente, ser um rolo vibratório, liso, autopropulsor.
Vantagens da Técnica
As principais vantagens dessa técnica são operacionais e econômicas, tais como:
- Utilização de equipamento de baixo custo para usinagem e aplicação;
- Trabalhabilidade a temperatura ambiente, sem necessidade de aquecimento dos materiais empregados;
- Possibilidade de trabalhar com agregados úmidos;
- Possibilidade de utilizar agregados britados provenientes de quase todos os tipos de rocha, devido à adesividade ímpar das emulsõoes catiônicas.
- Alta produtividade, possibilitando a estocagem do PMF para posterior aplicação, tais como serviços de tapa-buracos e pequenas intervenções.
- Baixo consumo de energia térmica e elétrica envolvida durante as operações de produção, transporte, manuseio, estocagem e aplicação dos materiais (cerca de 60% a 70% da energia total consumida em misturas asfálticas a quente);
- Possui capacidade de suporte às deflexões das camadas subjacentes, apresentando baixo grau de fissuramento e trincamento.
- Reduzida emissão de gases tóxicos e poluentes melhorando as condições de segurança, meio ambiente e saúde (SMS).